Nasci pra ser violeiro, Deus me deu essa missão Vou cumprindo a minha sina, com muita satisfação Cantar e tocar viola, eu faço com emoção Sou um caipira do mato, eu sou filho do sertão Me orgulho ser violeiro, defensor da tradição Nossa moda sertaneja, eu canto desde menino Sozinho aprendi a arte, nunca precisei de ensino Os meus amigos me chamam de violeiro ladino A viola eu mesmo faço e o som fica divino Faço sucesso na praça, pro povão e pros grã-finos Hoje moro na cidade, bem distante lá do mato Mas quando a saudade aperta, esse nó, eu já desato Pego meus equipamentos e vou pescar no regato Preparo uma isca boa, retiro peixes no ato Almoço, afino a viola e canto de imediato O sertão e a viola me deixam muito feliz Viver com a natureza é coisa que eu sempre quis Vou ponteando minha viola e mostrando ao meu país Na cidade eu tenho tudo, mas meu coração me diz Pra voltar pra'quelas terras, pois de lá eu sou raiz.