Eu conheço uma moça que é de uma família fina Mora numa casa simples, bem longe de ser grã-fina Seus pais são muito bacanas, dão conforto pra menina Levam ela pros passeios, onde quer que ela imagina E ela é muito bonita, o seu nome é Marina A Marina é enjoada, mas também muito ladina De manhã, quando levanta, come pão com margarina Se veste toda dengosa, com roupa de purpurina Passa gel pelos cabelos que parece brilhantina Depois sai se requebrando e já vai virando a esquina Ela é muito estudiosa, quer entrar na Medicina Mas o dinheiro é curto, seus pais não ganham propina Então, ela fica brava e o nariz, ela empina Vai chorar as suas mágoas, na casa da Rosalina E elas se trancam no quarto e reclamam suas sinas Num dia desses, passados, foram em Santa Catarina Pra passar uma semana na praia da Joaquina No trajeto da viagem, acabou a gasolina Ficaram desesperadas dentro da sua Belina Abandonaram a perua e dormiram numa cantina Essas mocinhas de hoje, têm cada idéia cretina Vivem fazendo loucuras, que os mais velhos, abominam Mandam fazer tatuagens e os peitos, elas turbinam Dizem que é modernidade no Brasil até na China A força da juventude é igual a do Katrina.