Faço modas, gosto de escrever A casneta não pára na mão Escrevo versos que falam de amor Da cidade, também do sertão Aprendi a lidar nessa arte Do meu pai eu herdei vocação Qualquer tema vira poesia Faço a melodia e transformo em canção Eu nou sou sujeito diplomado Mas na escrita, gosto de mexer As palavras são bem colocadas Isso faz meus versos enriquecer Cada moda eu conto uma história Que passou ou pode acontecer Quem gravou, paciência eu peço Se ainda não fez sucesso, um dia vai fazer Pra escrever esses versos rimados Não preciso de um dia inteiro Aproveito a tal inspiração Que me vem de janeiro a janeiro Isso não se aprende na escola Do Brasil, nem do solo estrangeiro É um dom que eu ganhei do Senhor Sou um compositor, cantador, violeiro.