Já é tarde demais E agora? Sem saber que dizer Vou-me embora Vou deixar para atrás Este conto e porque, este conto Dos tais, dos fantasmas banais Que é preciso esquecer Esquecer como sou, onde andar Por desertos, muralhas, ruínas De agora em diante o corpo fechado E a alma coberta, crespada se perde uma vida Pra que? Porque? Não me lembre demais, Nem me esqueça Deixe a vida correr, adormeça Sem olhar para atrás, sem querendo saber Este conto dos tais, dos fantasmas banais Que é preciso esquecer Esquecer que existi, onde estou Por desertos, muralhas, ruínas Não importa se a porta fechou para sempre Parece que um sonho ferido Que vai na distancia, eu pergunto somente Porque?, porque o olhar? Se não se vê, não atreva nada dizer Nada mais, Nada mais Nunca mais