Dança, trança os braços Dos seus passos, embaraços Em pedaços caem laços E as figuras desfiguras Almas puras que surgem das sombras Poemas sem rimas, de amor que desanda Anda, e o vento num crescendo Num lamento varre a vida Bem ferida vaga em verso Vira vale, vira serra, vira terra Que nasce ou revira a semente do tempo E a esperança se inclina em terra me diz Que dança vida, que esse espaço embaraços São seus braços, são seus traços