Vi um sorriso brilhando no escuro Trancado sozinho na borda do mundo Catando caminhos, revirando um momento Que surge sem nada a dizer Eu vi, olhei para esse ser invisível Coberto por trapos tão amargos Perdido em seus pensamentos, com o peso da soma dos dias Na noite que insiste em ficar Para onde foram os sonhos de uma infância que, agora, tão desgastada Na vala comum dos dias? Sinto a criança correr Brincando a vida, alegria Para onde foram os sonhos de uma infância que, agora, tão anulada Na vala comum dos dias? E a dor a entorpecer A manhã acorda e reafirma No Sol, a escuridão