O Sol me cospe a cara e ainda sem juízo Vejo você a despertar perto de mim Já tenho o dom pra desvendar o teu segredo Mas dessa vez eu juro não vai ser assim Pairando nos olhos você domina e me escarnece Gritando forte o meu pecado E essa ternura que disfarça tua burrice? Tua inocência não me compra Me diz qual é a fé que move esses escombros De tudo o que tu planejaste Vê bem os meus olhos Estão cheios de você E eu não vejo nada E o teu sorriso censurando minha libido Tua ironia consumindo minha graça Meu corpo já não pode mais com seu perigo E eu já não sei se isso é neblina ou fumaça Eu sou inimigo da minha própria lei Vê bem os meus olhos Estão cheios de ninguém