Entre prisões, entre portões e cercas, arames cortantes Helena dançava com o vento Que soprava o seu arremesso milagroso Nas árvores amareladas, pintadas do outono Mal seguravam os galhos por estarem frágeis Ainda assim causavam uma chuva de dourado no campo Rios e apenas rochas, cheias de barro Água não mais existia Correntes apontavam para um céu de hortelã Onde o brilho era um beijo de olhar espelhado Que necessitava da noite para acontecer E suas antenas eram cabeças apontadas Para cima em pequenas janelas de madeira Não se prenda ao acaso Só se prenda em decisões Que te levem a lugares que você quer Helena encontrou um campo verde Que resistia a toda aquela falta de algodões Espalhados no céu E suas antenas Eram cabeças apontadas para cima Em pequenas janelas de madeira