Ao tremor que nos reseta A vida torta em linha reta Ao santo morto que liberta Aos deuses bons a que se peca Um brinde com tinto suave mas de classe A TV ao radio e a tudo mais que nos cabe Ao conformismo Que nos conforta Com seu realismo Ao medo insano Que tranca a porta E protege o indivíduo Que a fé cega nos conduza A verdade absoluta Que o amor seja uma luta E o sacrificio sua conduta Ao Brasil Que mesmo para sonhar Me cobra imposto E eu um bobo Alimentando a côrte Rindo com desgosto Enquanto A classe média Chora o leite derramado Levanta bandeira suja Se esconde atrás do gramado Clamando poder e glória Forjando os passos na história Rabiscando o curriculo Em corrupta trajetoria Na velha crença ilusória De justiça e paz Provoca divisão Seguindo em vão Aquele que jaz Sem memória o povo vota E se choca contra as bandeiras Siglas, personagens E o mal que sempre Volta e incendeia Ando cançado e violento Minha mente já não suporta Não suporta Não suporta Um brinde com tinto suave mas de classe A TV ao radio e a tudo mais que nos cabe Estou cansado desta paz esploratória Fantasia de plenitude De um mundo de outrora Contradições imediatas De um pais ignorante E seus ladrões diplomatas Estou cansado desta paz esploratória Fantasia de plenitude De um mundo de outrora Contradições imediatas De um pais ignorante E seus ladrões diplomatas Desordem e retorcesso É política no planalto A voz da rua ignorada O professor mal tratado De fato O que se espera Nesta esfera corrupta Cai quem vai a luta E a educação se machuca Berço esplêndido Ao que nasceu em um Berço esplêndido Aos demais o combustível Para apagar o incendio Comemorar com misérias Não acreditar que é tragédia Um pais em que se vale Daquele que se desespera Tem ego ocupacional Nos clones do opressor Que se espalham culturalmente Tragando o terror Sem amor próprio a origem Sem noção da história Sem tragetória Sonhando ter um mundo de glória Um brinde com tinto suave Mas de classe A TV ao radio E a tudo mais que nos cabe Uma geração caduca Aqui se põe em desespero Governo e nobres golpistas Marejando o desterro Da velha ordem do caos Que permeia a ditadura A brancura do poder Que nos promove a tortura Desigualdade E a falácia de que Tudo é por mérito Papo vindo da boca Do herdeiro de algum imperio Que brinda a nossa morte Da torre de algum palácio Ou que ostenta ao nosso sangue Com a barbie de salto alto Forjando valores Nos impondo a sua cultura Se apropriando do que é nosso E vivendo em plena fartura Um brinde com tinto suave mas de classe A TV ao radio e a tudo mais que nos cabe Estou cansado desta paz esploratória Fantasia de plenitude De um mundo de outrora Contradições imediatas De um pais ignorante E seus ladrões diplomatas Estou cansado desta paz esploratória Fantasia de plenitude De um mundo de outrora Contradições imediatas De um pais ignorante E seus ladrões diplomatas