Com muita luta eu adoeci um dia Doença grave que em meu corpo se embrenhou Eu que outrora era homem tão saudável Boa situação, muito trabalhador Agora vivo infectado com uma chaga Eu vendi tudo para a doença tratar Eu vendia e o dinheiro gastava Mas a doença aumentava sem nada de controlar Desesperado saia rua afora onde fica o hospital Eu estava lá Ao ver os médicos me desenganarem Com palavra de derrota certamente morrerá Fiquei sabendo que existia um curandeiro Viajei três dias inteiros com a esperança de salvar Ele me olhou e em tom de zombaria disse Pode preparar o caixão certamente morrerá Um monte de ossos saindo rua afora Às vezes cambaleando vendo alguém me zombar O sentimento de tristeza só dizia Não há Deus não há Jesus Esta lenda de contar Um certo dia já bastante adoentado Meu dinheiro acabado a esperança findou Todos os meus filhos com nojo de mim foram embora Minha esposa aproveitando também me abandonou Noite terrível vendo a morte chegando Eu sozinho esperando Sem ter alguém pra dizer adeus Quando em dor eu preparava o último brado Um clarão entrou no quarto o relâmpago respondeu Não está sozinho eu estou aqui ao teu lado Ninguém morre sem eu autorizar Por todo lado que tu foste eu fui contigo Eu sou a luz não sou lenda de contar E por acaso nunca ouviu falar de mim Numa cruz eu morri para a humanidade eu salvar Coroa de espinhos jerusalém me trocou Meus discípulos morreram e uma espada traspassou Eu curei cego em jericó em samaria E até o amigo lázaro eu fiz ressuscitar E nesta noite, nesta noite eu sou a luz que vim te curar Levanta levanta levanta levanta