Pisei no guizo da cobra Mas ela esqueceu dos dentes Me livrei de um sujeito Bem pior que a serpente Que faz pose de herói Em cima do inocente Escapei do inimigo Mas eu peço novamente Oh! meu santo protetor Me proteja, por favor Da língua dos maus parentes Uma peixeira afiada Nas mãos de um cabra do norte Empunhando a bainha Eu me defendi do corte Minha casa é protegida Eu tenho meu santo forte O ladrão pulou o muro Mesmo assim não teve sorte Nos dentes do meu cachorro Malandro pediu socorro Para escapar da morte No lago que tem piranha De costas aprendi nadar Aprendi me defender E também sei atacar Já fiz a prova dos nove Resultado eu vou lhe dar Percebi que já estava Pagando pra trabalhar Minhas mãos foi calejada De puxar cabo da enxada E hoje sou marajá Quem perseguia meus passos Já se perdeu na poeira É a primeira vez que o gato Foi cair na ratoeira O caçador virou caça Virei onça pegadeira Meu pagode é jogo quente No cano da cartucheira Meu sucesso é a resposta Levou tiro pelas costas Quem me esperou na trincheira