o cheiro da caça da pesca da fruta da gente da mata queimada me faz suspirar o alvoroço que acaba sem gosto e o dia se acaba eu que não quero sofrer que não paguei pra viver e agora vejo a gritaria a fome a grana não sacia pra tudo se briga se foge não mata se mata não morre se morre é lenda no mato não mato por fome eu caço mas pela minha terra eu faço a guerra chora o tempo passado caminha pro nada se some na trilha o mato que cobre a terra do homem que vive na selva sem nada caboclo que tem que correr do chumbo que vem derreter a vida que se fez no mato e se ficar vira pedaço pra tudo se briga se foge não mata se mata não morre se morre é lenda no mato não mato por fome eu caço mas pela minha terra eu faço a guerra chão contestado da cruz da espada da fé que alimenta uma raça que vive solta mas sabe o limite da vida que cerca de paz veja aqui mister farquar não saio daqui sem lutar se seu trilho já não basta traga sua tropa faça a guerra no mato orgulho eu desfaço se fujo é pra achar lugar para lutar pra tudo se briga se foge não mata se mata não morre se morre é lenda o sangue que jorra no barro da luta batalha na raça por léguas tudo ou nada me gasto da vida sou filho da selva meu deus é fiel gringo que vem de avião e a gente luta de facão mas quem cair na minha terra não sai daqui sem ter a guerra A história lhe conta derrota do contra mas quem perde a guerra é quem luta por nada eu tenho a razão aqui é meu chão e quem vem de fora pra guerra que morra pra tudo se briga se foge não mata se mata não morre se morre é lenda