Tom: F Dm A7 Outro domingo, feito tantos, que o maio entrega mais frio... Gm A 50 53 42 40 Estradeava rumo à vila num amanhecer sombrio... Dm A7 Ouvia os cascos nas pedras, beirando o passo de um rio, Gm A Dm quando as tragadas de um fumo silenciavam os assobios. Bb B C Bb Depois do passo a imagem, de um mouro à sombra parado Gm Dm e um paisano - "descansando" - numa botella abraçado... Bb B C Bb - Destino que a vida entrega pra quem nunca teve norte, Gm A7 (D) nem santo no seu costado... mas sabe o valor da sorte! D Em Segui no tranco que vinha, até encontrar o povoado... A D ...E o silêncio denunciava as carreiras e sombreados... Gm Foi quando a tarde estendeu-se - por copa, truco e uns pila... Bb A - Porque a ramada é 'carinho' pra quem tem vida tranqüila!... D Em ... O dia cambiava a tarde, por noite, lua e sereno... A D Voltava ao tranco na estrada - topando um friozito bueno... Gm E a cena do amanhecer aos poucos foi ressurgindo... Bb A (D) - O chapéu ainda no rosto e o mouro quase dormindo! Dm A7 Meu zaino roncava forte, por desconfiado e sestroso. Gm A7 50 53 42 40 Apeei calmo, em silêncio, e me acheguei por curioso... Dm A7 Pois quem rondou nos bolichos, sabe da "dita", que é santa: Gm A7 Dm - Por mais que a canha derrube o tempo sempre levanta! Dm Bb B C Bb Sob o chapéu de aba larga - boca aberta, olhos cerrados! Gm Dm O fio de sangue ao pescoço contava de um fio afiado! Dm Bb B C Bb E a botella de canha... sem nem um gole tomado!... Gm A7 (D) - Só o mouro sabe a verdade mas não fala do passado! - Dm Gm Bb A7 Gm A7 Dm "O tempo mostrou-me antes, e eu cruzei sem fazer caso... Parei pensando comigo de olhos vagos e rasos... - Talvez vivo ainda dissese o que ninguém vai saber e o porque de partir antes a um filho que vai nascer!... O tempo, contou-me antes, tal se mostrasse sinais... ...Mas pra salvar um amigo agora é tarde demais!... ...Não foi por medo, de fato, tampouco por ser rogado, mas é que as pilcha eram nova e o mouro... ...o mouro era emprestado!"