É a vida que pede cancha Sovando cordas e arreios É a saudade que se amansa Lambendo sal no rodeio. É o sonho que me amadrinha Mascando o bocal do freio É a tristeza que se achega Me atorando pelo meio. Compadre, me alcança um mate Que eu venho buscando a volta Tenteio um gole de pura Sempre que a mágoa se solta E o tempo vem de a cavalo Gritando e pedindo porta. O mango, as nazarenas O poncho, o sombreiro e o laço Num tranco de campereada A lida marca o compasso E o tordilho me conhece Só pelos gestos que faço. Venho cruzando a querência As judiarias de arrasto E o caminhar esquisito Feito no embalo do basto.