Cruzando o rio sobre o poncho das estrelas Varando atalhos numa noite longa e fria O frio e o medo que habita o fio da daga Um contrabando onde o bando segue o guia A morte ronda numa espreita silenciosa Que vale os olhos do peão conhecedor A melicada de repente da batida Mas chega tarde sobre o val do cruzador E lindo então de se ver na madrugada A tropa gorda neste rio claro nadando Boleando e cruza nas estâncias correntinas Florão de gado que me vem de contrabando Vai de escoteiro negro guapo e peleador Estampa rude dos confrontos nas estradas Parece um cerne de a cavalo num tordilho Uma figura pelos outros respeitadas E o tordilho la das bandas da agentina E um capincho nos caminhos deste rio Ponteia a tropa por vaqueano e comandante Buscando a trilha que na vargem já surgio E de lambuja na garupa do pingaço Bem agarrada na peitada do negrão Uma guainita fina flor la de corrientes De contrabando pra uma cesta de verão