"Havia um século na ponta do lápis, Não na que escreve Na que segura borrachas!” Vivo como quem vive a sua espera Sem necessariamente viver como quem vive a sua espera só Ás vezes, muito raramente, eu entro num supermercado Tem dias que chove um bocado, Tem dias que eu passo calado, assim Vivo como quem vive a sua espera Sem necessariamente viver Como quem vive a sua espera só Tem dias em que não me acho, Uns dias eu vou ao teatro Ou faço uma espécie de teatro dentro de mim Tem dias em que eu nem me vejo, Acordo e saio tão apressado Quem nem mesmo a minha sombra sabe me seguir E até minha alma fica na cama, deitada, Sem perceber que eu saí