Se foi assim tastaveando como querendo rodar "pra mode" não se estropear "tentiei" o bico do freio Égua maleva, esta baia com cismas de renegada Cria de raça estragada que há tempos redomoneio Já dei nem sei quantas sovas nesta bruta mal costeada Da cabeça encarneirada se assombra quando vê gente, Se assombra quando vê gente, Já desmanchou meus arreios de tanto que se boleia Todo dia "veiaqueia" num corcóveo diferente Baia sebruna matreira vive só de lombo inchado Cosquilhosa e negadeira me traz um tanto estafado Quando vê qualquer toceira já se bolca de costado "chê de deus" que trabalheira pra um pobre "ganhá" uns "trocado" Pra embuçalar de manhã é sempre a mesma novela Murcha orelha e atropela bicho arisco, desgraçado Não forma junto com os outros parece "inté" me tenteando Fica num canto roncando que nem "peludo" enfurnado Se até semana que vem eu não te ajeitar da boca E tu seguir feito louca te atirando nas cancela Te atirando nas cancela Eu juro que largo a doma, meu ofício desde novo Dou uma cruzada no povo e te vendo pra mortadela