Pauzitos de laranjeira Que o vento desgalhou... Foram parar com tantos Arrodeando o picador Debaixo de um ceibo em flor Donde acácias, coronilhas Vão amontoando em pilhas Pelas mãos do monteador Escora no lombo o golpe Picador... A cada hacha de lenha Que o fogo logo desenha Brancas nuvens de fumaça Descobriste tua desgraça Picador... Pois jamais tu serás lenha Dessas que viajam nos braços Das mocitas cozinheiras. Aquele golpe perdido... De um machado descuidado Por pouco te dá um regalo Te amontoando a uns gravetos. - O golpe foi perfeito - Vem a noite, vai de novo... Chega o dia, seca o choro Que o pasto pinga em sereno. E tu segue sempre o mesmo Só riscado picador... No fim de um rastro que morre Debaixo de um "ceibo em flor".