O céu aberto ao som da lira Orações, linda alvorada Meu nome Jesus, por que não Santo também? Bom Deus, por que o ódio no planeta azul? Se crentes ou ateus no sangue a mesma cor Na mesquita, no templo, no terreiro O mesmo sentimento de aliança A morte em teu nome uma contradição Anjo, no tribunal da fé Só ganância e poder Eis aí o livre arbítrio De pessoas sem ternura Na escolha entre o bem e o mal Santo Deus, a justiça da terra ou do céu? No cálice da fé a intolerância O vinho tinto amargo de sangue Qual o caminho, meu pai? Filho milagreiro, solidário ao irmão Santo popular, Jesus Malverde Teu nome hoje em romaria A esperança de um mundo melhor Ó meu Deus, piedade de nós Ó meu Deus, piedade de nós Com seu amor azul-sossego A paz entre as religiões