Bote mais água no feijão Faça mais uma oração São tempos difíceis Não é fácil não Não é fácil não Passo todo o meu dia pensando o meu viver Tiro de um lado colo no outro Desculpe um abraço um beijo no rosto São atos mui caros hoje são raros Eu só queria reviver Não é fácil não Olha o preço da vida tentando me vender Eu fujo de um lado me rendo no outro Dúvidas embaraço o peito do outro Atos inatos muito baratos Errar também é aprender Eu quero paz saúde para mim e para você Direitos iguais para o povo não sofrer Eu quero a cura da doença que já tem vacina E por favor não venha me falar de cloroquina Sou de São Paulo nascida na capital Sigo falando o que sinto não leve a mal Silenciada alvo de piada Sigo cantando a verdade que vi nas quebradas A pátria que pariu hoje sucumbiu Sonhos jogados na calçada o retrato do Brasil Será que daí você pode me ouvir? Bote mais água no feijão e vamos resistir Bote mais água no feijão Faça mais uma oração São tempos difíceis Não é fácil não Seja dono de si E o mundo será seu Seja dono de si E o mundo será seu