Julia Mestre

Conformópolis

Julia Mestre


A cidade acorda e sai pra trabalhar
Na mesma rotina, no mesmo lugar
Ela então concorda que tem que parar
Ela não discorda que tem que mudar
Mas ela recorda que tem que lutar

Condução lotada, apertada, de pé
A cidade desce no Largo da Sé
Mecanicamente ela mostra ter fé
Na proximidade de um dia qualquer
E na Liberdade ela toma um café

Escritório, chefe, o cartão pra marcar
O magro sanduíche engolido num bar
Ela então desperta, ela tenta gritar
Contra o que lhe aperta e que lhe faz calar
Mas ela deserta começa a chorar
Mas ela deserta começa a chorar
Mas ela deserta começa a chorar

No llores más, chiquita
Que no puedo verte así
No llores más, chiquita
Que no puedo, puedo, puedo

A cidade acorda e sai pra trabalhar
Na mesma rotina, no mesmo lugar
Ela então concorda que tem que parar
Ela não discorda que tem que mudar
Mas ela recorda que tem que lutar

Condução lotada, apertada, de pé
A cidade desce no Largo da Sé
Mecanicamente ela mostra ter fé
Na proximidade de um dia qualquer
E na Liberdade ela toma um café

Escritório, chefe, o cartão pra marcar
O magro sanduíche engolido num bar
Ela então desperta, ela tenta gritar
Contra o que lhe aperta e que lhe faz calar
Mas ela deserta começa a chorar
Mas ela deserta começa a chorar

Mas ela deserta começa
(A cidade acorda e sai pra trabalhar)
Mas ela deserta começa
(Na mesma rotina, no mesmo lugar)
Mas ela deserta começa
(Condução lotada, apertada, de pé)
Mas ela deserta começa a chorar
(A cidade desce no Largo da Sé)
Mas ela deserta começa a chorar
(Mecanicamente ela mostra ter fé)
Mas ela deserta começa a chorar
(Na proximidade de um dia qualquer)
Mas ela deserta começa
(Escritório, chefe, o cartão pra marcar)
Mas ela deserta começa a chorar
(O magro sanduíche engolido num bar)
Mas ela deserta começa
(Ela então desperta, ela tenta gritar)
Mas ela deserta começa a chorar