Nunca vou me decidir Nunca vou dizer aos ventos não A vida é causa perdida, vou perder o controle A morte é uma TV que chia Frequência perdida Dúvida exaltada por medo Gosto de manter meu desejo Limpo minha ferida sem saber se doi ou não Pulo a cerca, faço estrago e rebelião Acho ritos de passagem e arranco suas bandeiras Canto o que nunca cantei, choro o que nunca chorei Vão passear os cães e as tensões Que venham as mágoas e as solidões Que o meu grito possa ser dado E que o meu peito dilacerado