O vigário da minha capela Fascinado de grito e assobio Tirou o sino de cima da torre No lugar colocou um bugio Falado- eta bugio medonho O vigário vai tê uma parada dura companheiro Vamu vê come que se amansa um bicho desses O bugio não gostou do trabalho Começou provocar o vigário Roncava sem rima e entono E na vila despertava do sono Descontente com pouco salário O vigário chamou o sacristão Fez promessas pro pobre bugio De falar com o Sub-Prefeito No salário daria um jeito Deu as costas e logo partiu Falado: Há bugio veio Tu não sabes o que te espera Vai ver que logo logo tu vai muda de ideia O bugio que é medonho e sapeca é famoso por sua nobreza Deu um ronco e chamou o vigário Que trincou até o campanário Assustando toda a redondeza Só se ouvia cachorro latindo E as galinhas ficaram assustadas A mulherada da vila chorando De joelhos na praça rezando Pra que a peleia não fosse travada Falado: enquanto isso O padre ta só de butuca Agora vamu vê quem vai entrega as ficha companheiro Fez clemência ao padre vigário Que atendesse os vários pedidos Que lhe desse o perdão dos pecados E que o sino não fosse tocado Se na hora saísse um gemido Não se sabe o que foi acertado Que o bugio ficou manso de novo A cordinha do sino esticada Na barriga do bicho travada Enrolada em volta de um ovo