Juan Ally

Cinna

Juan Ally


E carma/sei lá/chame do que for/Só sei que você colhe da semente que plantou//O ódio/a ira/o drama e o amor/Furor/homicídio/vingança ou terror//Deitado eu na cama em um dia qualquer/Você batia na minha porta/fugindo dos gambé//Mais um dia de sorte/enganou a foice da morte//adiantou-si uma bolada embrulhada no malote//A coroa misturava nas panelas da cozinha/Me lembro que você chamava ela de mainha//Quando ela ti via/sorria e ti abraçava//Na sala si sentava e o rango esperava//Era o mais chegado/era da família//No seu aniversario ninguém nunca te esquecia//Esse mesmo mano conhecido por baiano/Chutou a minha porta apontando os cano//Com sangue no olho veio pra botar terror/Procurava meu irmão/avistou/atirou//A bala só raspo/mas ele não si contentou/Chegou mais de perto e na cabeça o oito derramou//A minha mãe gritou baiano o que quê você fez/Ele engatilhou e disparou mais uma vez//Olhando aquela cena/meu coração partido em três//O ódio não si desfez/mas eu nunca me vinguei//Refrão//O tempo passa/minha mãe por ti orava/Eu nunca entendi porque ela tanto ti amava//Um dia por acaso um crente me encontro/Me conto quanto Jesus sofreu/mas me perdoou/Eu então me lembrei de ti e no que o crente falou//Queria ti ver no céu/a vida louca não deixou//Do quarto ouvi disparos/senti um mal por dentro//Ti vi jogado na valeta irmão que lamento!//Corri e o abracei/o baiano então chorou/Olhou bem nos meus olhos e me confessou//A morte do seu irmão foi o que me corrompeu//Eu tava na noia braba e dois mil me ofereceu/Um corrupto fardado que diz que ele mereceu/perdão irmão esse erro foi meu//Shh não fala nada irmão nós estamos em paz/Ti perdoei a muito tempo não dei ouvidos a satanás//Antes que pudesse me responder o baiano então sorriu/Fechou seus olhos nus e o espírito partiu//Refrão//