Homem de gelo nem questionava Se algo bom a vida lhe traria Em outros tempos, outros momentos A indiferença o prevalecia. Sua super-nave em disparada E um coração que não é de ninguém Sua frieza, ultra-poderes E uma aura sempre desbotada. (no entanto...) Sabor amargo comportava A frigidez da sua natureza Dia inteiro, num certo dia Desconstruiu-se o templo da razão Quando estranhou o seu uniforme Sua postura tão incensada A sua fama - senhor do espaço Vagou sozinho na imensidão. (diz-me, e agora?) Descreveu seus sonhos Em busca do real Percebeu que nisto Vida é mais. Aquela onda, uma flor de lótus O pôr-do-sol e uma namorada Um hemograma, um crediário Seguir viagem numa outra estrada. Procurou no simples O fenomenal Percebeu que nisto Vida é mais.