Eu gosto de falar, sabe?! E aí vai uma história da minha infância pra vocês Do lado da ponta verde Sonhos, e mão da adolescência E água, Temerária ilusão Do astronauta da estrela bem na talha do avião Quando não se tinha muito além da vontade Da bicicleta, da patota, o dinheiro do pão E o conselho dos maiores que dizia: 'Não deixe as árvores te enganarem, é tudo um reino só!' Fugíamos, brincávamos, e o crescer, perigoso, gelado Sondava nossas mentes por uma brecha, pra se instalar Na feira, na escola, na rua, na prova, e na repetição E uma verdade domingueira, 'O sol era somente a ponta do baseado do Deus, e a gente, só queria dar uma volta' Por isso minhas últimas palavras são: 'Até logo!' Aproveite a vida, pois ela passa rápido, e em breve, Você não terá muito tempo para se arrepender! Trabalhe! Cresça! Não desapareça! E lembre-se: 'Muito de uma depressão, começa no seu quarto!' E não desrespeite a mamãe, ela te ama desde que você nasceu E é isso, sabe?! É isso. Eu gosto de falar. Tchau.