Jovem Werther

Desisto

Jovem Werther


Desisto
Pelo tentar, pelo pesar
Pelo saber do fracassar
Estender a mão a quem faz mal
A quem te fere com punhal e a duras vias já foi seu

E mesmo assim, eu construí um altar seu dentro de mim
E se meus joelhos doem, é por rezar
A quem nunca me ouviu
A quem nunca vai me escutar por não existir

Rasgar
O céu com a dor das mentiras
Das esperanças forjadas ao chão
Eu pintei um céu com as estrelas mais bonitas
Mas, como sempre, foi em vão

E arrastar o peso da existência pela eternidade
Ainda ardem meus grilhões
Imaculável praga!
Imaculável solidão!