Dizem que sou um riacho De água quente no cio Que se derrama no rio Pra banhar um oceano Que sou assim como um pano Que se entrega pra agulha Pra desenhar a fagulha Da vida do seu bordado Sou um amor desgarrado Pra longe de quem me quis Pesadelo eu não digo, mas eu penso Que minh´alma já teve pesadelo Minha calma possui um desmantelo Ressonando na sombra do passado No presente escaldado malassombro Se assombra quem vem me assombrar Me invulto no véu da ligueireza Mudo o rumo que tem a correnteza Só pra ver o barreiro encher e sangrar