Saí da minha terra às quatro da matina Deixei a minha roça e a casa pequenina Pedi a Deus do céu a proteção divina Iluminou meus passos a estrela matutina Eu disse adeus sertão, sertão de Andradina Chorou rio e cascata de água cristalina Chorou a garça branca molhada de neblina Até a siriema chorou lá na campina Chorou a araponga no alto da colina Lá no meu sertão, sertão de Andradina A vida na cidade é muito mais granfina Mas sinto que a saudade aos pouco me domina Até a minha viola chora na surdina Recorda as serenatas e as festanças juninas Lá no meu sertão, sertão de Andradina Eu choro a minha mágoa um pranto em cada esquina São gotas que misturam com a garoa fina Saudade que maltrata saudade Que alucina saudade do meu bem encanto de menina Que ficou chorando no sertão de Andradina O meu sertão chorou, chorou quando eu parti E eu também chorei, chorei ao despedir