Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira Deu um pique filosófico ao nosso futebol O sol caiu sobre a grama e se partiu Em cacos de cristais As cores vestiram os nomes E fez-se a luta entre os homens Até os apitos finais (Disseram os deuses imortais) A história não esquece que a bola se negou mas chorou nosso gol E vai se lembrar para sempre da beleza que nada derrotou Mas quem será que diz que venceu No país em que o ouro se ganhou e perdeu (Derreteu) O futebol é a quadratura do circo É o biscoito fino que fabrico É o pão e o rito o gozo o grito o gol Salve aquele que desempenhou E entre a anemia a esperança A loteria e o leite das crianças Se jogou Com destino e elegância dançarino pensador Sócio da filosofia da cerveja e do suor Ao tocar de calcanhar o nosso fraco a nossa dor Viu um lance no vazio herói civilizador (O Doutor)