Xote Quem não souber do pago santo de onde eu venho Tenho prazer de lhes dizer da onde é que sou Sou do garrão deste Brasil, sou missioneiro Capim rasteiro que do nada se criou Trago na alma a cantiga do meu pago Rondas de tropa, pastoreio e pó de estrada Cantar de esporas num trotezito chasqueiro Que um missioneiro não se esquece nem por nada Trago o calor de pai de fogo galponeiro Brazedo rubro, pôr do Sol que vai se por Foi essa termpla que me fez enraizado Olhar voltado pro pavilhão tricolor Trago a querência na garupa do meu pingo Cantar dos ventos nas cordas do violão Uma tropilha de esperança extraviada Entropilhadas vem pastar no coração Se por acaso estropiar o meu cavalo Que eu não consiga prosseguir minha jornada Há de ficar minha cantiga missioneira Junto da poeira que se erguer não'alguma estrada