Dá-me uma ajuda, ó médico das almas Para escolher em que combate combater Quem condeno eu à vida Quem condeno eu à morte Que me podes tu dizer Encostado à árvore do tempo Folhas vivas, folhas mortas, estações Nada disto faz sentido E o sentido do sentido não paga as refeições Este torpor só tem uma solução Sejamos deuses, é meter as mãos à obra E no fazendo acontecendo Deixar ir o coração Que é o que nos sobra Ao fazer-se o mundo nasce de si próprio Ser avô é uma alegria atravessada Dá para rir e pra chorar Não temos nada com isso E nada não é nada Disseste um dia que tudo vale a pena Tornar as almas mais pequenas é que não Vamos sobre as duas patas Juntar as partes da antena