Fiz da noite a minha alma Porque a escuridão acalma O que em mim é tempestade E quando se cala o vento Cala-se o meu sofrimento Só não se cala a saudade Talvez não tenha o direito De escolher com quem me deito Quando a noite me esquecer Mas ao menos, por agora Sei que a noite está lá fora Mas finjo não o saber Não quero na minha cama Mulheres tristes, de má fama Que cobram pelo que dão Se eu em troca de um amor Dei a alma por penhor P’ra salvar o coração Só que ao ver-se desalmado O meu coração, coitado Diz que já não quer viver E tristemente, ele aceita Não escolher com quem se deita Mas continua a bater