José Manuel Barreto

Contemplo o Que Não Vejo

José Manuel Barreto


Contemplo o que não vejo, é tarde, é quase escuro
E quanto em mim desejo está parado ante o muro
Por cima o céu é grande, sinto árvores no além
Embora o vento abrande, há folhas em vai-vém

Tudo é do outro lado, no que há e no que penso
Nem há ramo agitado que o céu não seja imenso
Confunde-se o que existe, com o que durmo e sou
Não sinto, não triste, mas triste é o que estou