É pra mãe terra que eu vou pedir perdão e vou perguntar ao chão se de volta ainda me quer Tenho certeza que na ânsia de voltar, ela vai me perdoar porque é mãe e é mulher Perdão ao sol que aqueceu o meu caminho e às águas do riozinho que matou a minha sede Perdão à lua que o sertão todo ilumina qual distante lamparina pendurada na parede. Se por acaso ela não me perdoar, não me incomodo de ser preso porque agora Já estou preso na cadeia da saudade desde o momento que de lá eu vim embora. No tribunal da natureza quero ter a prisão que eu merecer por ter deixado o sertão Me condenando ouço a brisa que me diz.: “se aqui eras feliz por que foi deixar teu chão” Se foi em busca de outros beijos se esqueceu que o calor dos beijos meus quantas tardes lhe entreguei Diz a roseira.: “o perfume da cidade não se iguala a qualidade do perfume que lhe dei” Se por acaso ela não me perdoar, não me incomodo de ser preso porque agora Já estou preso na cadeia da saudade desde o momento que de lá eu vim embora