José Fortuna

Grinalda de Noiva

José Fortuna


Quando mário foi pra guerra, sozinha guiomar ficou
E passados muitos anos, os pais da moça inventou
Que o noivo tinha morrido, por isso a filha obrigou
A casar com outro moço, contra o gosto ela casou.

Na noite do casamento, pra ela uma carta chegou
Pra esperar o mário que vinha, de emoção guiomar chorou
Na noite clara de lua, pobre moça enveredou
E pra findar sua vida, dentro de um rio se atirou.

A carta com a grinalda, por sobre as águas boiou
Do céu os raios de lua, o branco véu clareou
Sobre as águas cristalinas, foi somente o que restou
A sua história traçada, naquela carta de amor.

Mário nas águas do rio, pra morrer também saltou
Parece até que o destino, dentro d’água os dois guiou
Os dois corpos agarradinhos, bem distante alguém achou
Assim tiveram na morte, o que a vida lhes negou.