Nasceram no mesmo hospital, uma menina rica e um menino pobre Porém, o conde orgulhoso, queria um filho homem pra herdar seu sangue nobre E deu dinheiro à enfermeira que sem que as mães soubessem trocaram as crianças E assim, mudou-se dois destinos foi o menino pobre que herdou a herança. Cresceram naquela mesma rua, o moço freqüentando as melhores escolas Enquanto, a moça pobrezinha, de porta em porta ia vivendo de esmolas E quis, a sorte caprichosa que os dois se apaixonassem, para provar ao conde Que existe acima das riquezas, o amor puro e sublime que o ouro não esconde. Casaram, contra o gosto do conde, que muito indignado, expulsou-os da herança E os dois ficaram na pobreza, porém ricos de afetos, de amor e de esperança E logo os dois se enriqueceram, enquanto o velho conde ficou pobre, sem nada E veio morrer naquela casa, aonde os dois destinos seguiam a mesma estrada. O conde, chorando arrependido, confessou comovido, na derradeira hora E disse pra moça soluçando: “ você é minha filha, e não a minha nora”. É este um exemplo verdadeiro aos pais que só desejam primeiro um filho homem Se esquecem que a cor do sangue é a mesma e as filhas também levam o seu mesmo sobrenome.