José Fortuna

Doces Memórias

José Fortuna


Ficou no fundo de mim
O gosto de fim
Porque eu jamais
Vou rever meu lar
Meu céu
E tudo o que deixei
O meu sol
Clareando, caminhos
São memórias que eu guardei
Pobre de meu ser (de meu ser = coral)
Ser, sem viver
Viver aqui já não saberei
(passou, passou = coral)

Hoje só restam, em mim
Doces memórias
Da flor, a tremular
No pe´, de girassol
Da lua, do arco-íris
Verde, azul e outras cores
A brilhar, com o sol
Na cortina do arrebol (ai = coral)
Cai , sem parar (ai = coral)
Dos, olhos meus
Pranto de dor que se fez adeus
Adeus