O claudionor branquinho Tem um circo de rodeio Também tem um burro preto Que tem sete parmo e meio Muitos peões de grande fama No seu lombo já fez feio Se o caboclo for teimoso Se arrebenta nos arreio Porque o burro quando pula Até parece um bombardeio Vou contá uma façanha Que o burrão já praticou Na cidade igarapava Quando o circo ali chegou O famoso peão petito Foi quem primeiro montou O circo estava lotado Pra ver o peão de valor Mas somente com três pulos Na poeira ele rolou Das bandas de itirapina Apareceu um domador O famoso nenê lima Peão que já se consagrou O caboclo era tido Como o rei dos montador No lombo do burro preto Foi quem mais pulo agüentou Mas com a cabeça do arreio Pelo ar ele voou O grande peão gumercindo Em limeira morador Por derrotar o boi palácio Muita fama conquistou Quando soube da notícia Logo ele se apresentou Na certeza de ganhar Muito dinheiro apostou Mas no lombo do burro preto Sua fama se acabou Das proezas do burrão A que mais me admirou Foi saber que o zé pretinho A parada ele enjeitou O claudionor branquinho Vinte contos lhe ofertou Zé pretinho nos rodeios Muitos prêmios já ganhou Mas prevendo seu fracasso A proposta não topou A fama do tal soberbo No brasil se esparramou Peão pra agüentar seus pulos Até hoje não achou O claudionor branquinho Desse jeito ele falou: Pra montar e não cair Vinte mil cruzeiro eu dou E quem quiser que apareça Que às ordens eu estou Buzina de boiadeiro