Vi numa tarde o céu azul na cordilheira se encontrar com a mata verde do sertão Verde e azul formaram telas desenhadas por deus que é o grande pintor da imensidão Gotas de anil chovem do céu por sobre as matas com o vento leve balançando suas tranças E o sol menino abraçado a tarde-mãe, adormeceu no berço verde da esperança Ao por-do-sol Verde e azul se deram as mãos No grande abraço Do infinito com o sertão. Uma florzinha abandonada na montanha, um lavrador que vem voltando para casa Um beija-flor veloz, passando traz de longe brilhos de sol no verde e azul de suas asas E o manto azul por sobre o verde agasalha todos os filhos que adormecem sobre a terra E no final de um longo dia de trabalho, lá no portão da natureza a noite espera.