Numa sexta feira santa saiu o joão caçadô Dos conselhos dos amigos fez pouco caso, abusou A sua filhinha amada na despedida beijou Botou a espingarda no ombro e pra mata enveredou Chegando lá num banhado uma garça ele avistou Sabendo que era pecado mesmo assim ele atirou Quando pôs a mão na caça o seu coração gelou O remorso do pecado uma desgraça avisou Voltou pra casa correndo quando na porta chegou Viu sua filhinha amada que tão alegre deixou Estava morta sobre a mesa toda coberta de flor Foi um castigo do céu pro erro que praticou Chorando de arrependido de pranto a filha banhou As asas da garça branca junto ao caixão colocou Aquele anjo inocente nas asas pro céu levou O pedido de perdão para o seu pai pecador Lá dentro do campo santo quando seu corpo baixou Uma cena comovente o povo presenciou Aquele anjinho inocente do túmulo se levantou Com as asas da garça branca lá pro céu ela voou.