Na grande orquestra que acompanha a voz do chão, é o berrante a nossa flauta do sertão (bis) A voz do rio que se desfralda na cascata, e o som das folhas que se arrastam pelas matas Os passarinhos cantadores da floresta, é o coral, parte integrante desta orquestra A voz do vento é a cantiga matutina, que se apresenta sobre o palco da campina E da boiada a passar pelo estradão, é o berrante a nossa flauta do sertão. O arco-íris é o bojo do violão, a trovoada é o ponteado do bordão É a natureza a mudar de afinação, prá dar ao mundo nova sintonização E no telhado a chuva fina a murmurar, até parece multidão a conversar E da boiada a passar pelo estradão, é o berrante a nossa flauta do sertão.