Sou negro, nunca tive meu valor Agora vou lutar, vou lutar por quem eu sou! É o negro batucando no terreiro E chorando a saudade do seu povo Foi assim o tempo todo, cativeiro Até hoje construindo um Brasil novo! Discriminam minha raça, meus costumes Os meus deuses, minha fé e religião Ignoram que também sou ser humano Tenho tudo que outro tem, sou seu irmão! Na senzala noutros tempos já passados Eu não tinha nem um bem, nem garantia Hoje sinto seu olhar, seu elogio! Mas nas escolas, nas empresas, dia a dia Permanece à minha raça um desafio