Como faz bem um chimarrão feito a capricho Quando cevado com o calor da própria mão A madrugada, negaceando, mostra a cara Cheiro de garras e pelegos pelo chão A madrugada, negaceando, mostra a cara Cheiro de garras e pelegos pelo chão Como faz bem ouvir um relincho de potro Já na mangueira, a espera do buçal Baio Sebruno Cabos Negros de respeito Que, pelo jeito, não nasceu pra ser bagual Baio Sebruno Cabos Negros de respeito Que, pelo jeito, não nasceu pra ser bagual Como faz bem tomar um banho na restinga Vestir as pilchas domingueiras pra passear Ouvir a gaita de oito baixos resmungando Adivinhando o pensamento do seu par Ouvir a gaita de oito baixos resmungando Adivinhando o pensamento do seu par Como faz bem sentir o gosto da querência Ouvir um grito explodindo no rincão O venha, venha do tropeiro nas estradas Rezando a prece de retorno ao velho chão O venha, venha de tropeiro nas estradas Rezando a prece de retorno ao velho chão Como faz bem lavar a fuça na gamela Tirar o freio pra, depois, chimarronear E o gado manso, ruminando junto às casas E a terneirada, num berreiro pra mamar E o gado manso, ruminando junto às casas E a terneirada, num berreiro pra mamar Como faz bem sentir o cheiro do borralho Respirar fundo a fumaça de um tição Rio Grande velho que retrata diariamente Como se forja uma alma de galpão Rio Grande velho que retrata diariamente Como se forja uma alma de galpão