No verão, céu estrelado Deito embaixo da carreta A saudade não se ajeita Vem deitar no meu costado Mania dessa guitarra Cantar tropas, rondas, potros Um verso puxando os outros Até que o sono me agarra (Quem souber coplas que cante Alma livre, rédea frouxa Vamos tecendo uma colcha Com retalhos do Rio Grande) Tive de vender inteira A tropilha dos gateados Não deve ser da poeira Que meus olhos vem molhados Don Avelar garganteia Que a cavalhada é um assombro Tirando os que corcoveiam São todos mansos de lombo (Quem souber coplas que cante Alma livre, rédea frouxa Vamos tecendo uma colcha Com retalhos do Rio Grande) Logo depois do churrasco Não me agrada ginetear No balanço do corcóveo Me dá ganas de sestear Amunto bem e me agarro E o potro de plano feito Pelo tranco que ele esbarra Corcoveia do meu jeito (Quem souber coplas que cante Alma livre, rédea frouxa Vamos tecendo uma colcha Com retalhos do Rio Grande) Moço metido a campeiro Arreio, pilcha bonita Mando buscar um oveiro De "esprementar" a visita Cavalo não nega conta, Não fala da vida alheia, Me carrega e não faz conta E apanha se corcoveia (Quem souber coplas que cante Alma livre, rédea frouxa Vamos tecendo uma colcha Com retalhos do Rio Grande)