Miro a paisagem Como quem sorve uma abstração Quebro os fios gastos Da ilusão Passo a viver Com os credos de um novo amanhecer Tingindo os dedos Na magia do anoitecer Na cadência Do dia a dia Céu em brasas Chão de miragens Quimera me abraça E eu sigo viagem Não posso ficar olhando O tempo passar É rápido o trem da história É pegar ou largar Esquecimento ou memória