Mulher, ouve o meu desespero É só teu meu inteiro amor Oh, vem, tem um gesto e perdoa A demência do teu cantor Ai, como pode um pobre poeta escravo Padecer o travo de um doesto injusto Só um dissabor Ai, como pode tanto amor vivido Merecer o olvido, suportar o agravo Do teu desamor Mulher, abre a tua janela Aqui vela o teu trovador Que em pranto soluça Os seus últimos cantos Ao nosso amor Vem e debruça tua imagem linda Sobre o triste poeta que soluça ainda De não ver-te mais E abre o teu quarto aos passos meus, amantes Para como dantes, nossos delirantes Beijos abismais