Já bem tonto e abatido pelas dores do ciúme Se ver triste na cantina, um boêmio já sem fé Os nervos à flor da pele e chorando sem remédio Como louco, atormentado pela ingrata que o deixou Está sempre acompanhado do amigo que lhe resta Que lhe aconselha dizendo: Chega de tanto beber Nada se arranja com prantos, nada se arranja bebendo Ao contrário, faz lembrar e dói mais um coração Uma noite como louco, mordeu a taça em que bebia Que lhe fez golpes profundos, sua boca destroçou E o sangue que brotava, misturou-se com o vinho E, na cantina com grito, á todos estremeceu Não te aflijas, companheiro, se me está sangrando a boca Não te aflijas, pois eu quero o que resta desta taça Limpar a marca de um beijo que uma ingrata me deixou Moço, oh! Sirva-me mais desse vinho Sirva-me, para que acabe esta grande obsessão Moço, oh! Sirva-me mais desse vinho Quero limpar gota a gota O veneno desse amor Moço, oh! Sirva-me mais desse vinho Sirva-me, para que acabe esta grande obsessão Moço, oh! Sirva-me na mesma taça Quero limpar gota a gota Há-há-há-há-há-há-há-há O veneno desse amor