Sete cordas espichadas, sete tentos puro aço Que limitam num abraço sesmarias de patrão Por entre trama e moirão cortam matos e banhados Sete fios de alambrado que o vento faz de violão Madeiras todas de lei, alinhadas e no prumo As guias seguem o rumo depois de botar na linha Só a mordaça madrinha vai deixar que nem guitarra Pro terneiro que desgarra não ir pra quadra vizinha Alambrado, para peito pra quem chega ou pra quem sai Do Brasil ao Uruguai todos sabem teu valor Resiste ao frio e calor, herança pra toda vida Obra de arte esculpida pelas mãos do alambrador O estacão é bem vindo quando o terreno é “em falso” Socado apenas no braço pro atílio dar firmeza Tem no rabicho a certeza que nunca irá afrouxar Pode o touro se coçar porque a escora ta bem tesa Por onde quer que se ande há uma cerca divisória Separando perda e glórias de peleias ancestrais Fronteiras pros animais demarcadas pelo homem E todas levam o nome daqueles que podem mais