José Alves Oliver

O Choro do Pajé

José Alves Oliver


Menino horrível na beira da estrada, seguindo gana sem nada a dizer
Perambulando caminhos contrários, em um mar escuro, o medo do nada!
E vai moldando caminhos que a trilha deixou - o seguir

Menino horrível indo á montanha buscar sossego com o pássaro Deus, ele
Encontrando um pouco de paz, do alto ver o rastro do homem demasiando o reflexo
Do seu próprio ser ruim

Sem direção os meus pés seguem a luz
Somos o ó por que o sábio quis assim
Todos temem o demasiado desface além da máscara
E o pajé me disse ocasionalmente que sempre era feliz
Daí veio o homem branco e ferrou com toda a sua aldeia
E o riacho que sempre cruzava seu rumo, agora chora sangue de lágrimas vermelhas desvendando assim, a ira e a chama do Deus trovão
Transformando por si só, o menino horrível em homem brando atual!

Menino horrível sem solução!
Crescendo e vendo o mundo homem ferido